Harmonices Mundi


Joannes Kepler "Mysterium Cosmographicum", 1596

Cubo 6 faces – Vénus – Sustenido
Tetraedro 4 faces – Mercúrio – Oitava e Terça Menor
Octaedro 8 faces – Marte – Quinta
Dodecaedro 12 faces – Júpiter – Terça Menor
Icosaedro 20 faces – Saturno – Terça Maior
Terra – Meio Tom

Joannes Kepler (1571 – 1630) ilustra a mais emblemática representação do universo através dos sólidos platónicos, aos quais se junta uma partitura musical que lhes confere não um único som, como defendia Pitágoras, mas uma melodia contínua que variava entre o som mais grave e mais agudo consoante a distância relativa ao Sol. Quanto mais distantes do Sol, mais lentos e mais graves.
A melodia entoada pela terra seria meio-tom, a partir do qual Kepler associou aos tons Mi – Fá – Mi. A guerra dos 30 anos, levou-o a pensar que a Terra (o grande ser vivo), produzia um lamento constante, em nome da Misere e Fami (Miséria e Fome) que reinavam na altura.

“O movimento dos céus, não é mais que uma eterna polifonia” – Kepler in Harmonices Mundi, 1619.