Idade Média até ao séc. XIII

Na Idade Média, Deus – o Criador do Universo – era o traçador de círculos.
O Criador como Geómetra e Arquitecto
in Bible Moralisée, Viena, Ca 1250

O círculo continuava a ser sinónimo de um desígnio superior e de perfeição, conhecendo terreno fértil na Idade Média – um dos períodos históricos com sentido teológico muito vincado.

Se por um lado Euclides era o ídolo para os pedreiros medievais, também o era Villard de Hounnecourt.


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Euclides versus Villard de Hounnecourt


Enquanto o primeiro deixava o legado dos “13 Elementos”, o segundo, numa teoria oposta faz a mais importante colectânea de desenhos do período médio, de um notável conhecimento geométrico que conta com vários desenhos de arquitectura, motivos religiosos, peças de mobiliário, desenho de máquinas.
Alguns dos seus esboços:



O período gótico é também aquele que nos confronta com as maiores catedrais, onde as esguias formas geométricas tentam ascender ao divino.
Um exemplo disso é a Catedral de Colónia, iniciada em1248, pela ordem do arcebispo Konrad von Hochstaden e projectada pelo mestre Gerhard. Ao lado, a imagem da Gare de Oriente, projectada em 1998 pelo arquitecto Santiago Calatrava, que materializa algumas influências deste período.

No traçado das catedrais procura-se uma relação formal simétrica, traduzida em formas triangulares e quadrangulares combinadas; pentágonos ou hexágonos inscritos e linhas curvas.
Ilustram-no as seguintes figuras: