O que tem em comum a Catedral de Notre Dame e a 5ª Sinfonia de Beethoven

É na antiguidade que se funda a ideia de que os mesmos rácios agradáveis ao ouvido também o serão para os olhos. Estes rácios não só harmonizam as formas arquitectónicas como também a própria música.
A doutrina da música das esferas foi transmitida ao longo da Europa Medieval encontrando a sua expressão mais gloriosa na arquitectura das grandes abadias e catedrais, conscientemente concebidas para obedecer às proporções da harmonia musical e geométrica. Uma dessas catedrais é Notre Dame, construída de forma a obedecer a princípios de geometria sagrada, harmónica e acústica.

Maurice de Sully
Catedral de Notre Dame, 1163

Beethoven
Excerto da 5ª Sinfonia

Se Notre Dame contempla a relação proporcional de Phi, também o encontraremos na 5ª de Beethoven.
O facto de que algo importante está neste ponto, dividindo a peça musical ou parte dela na proporção de ouro, parece ter um efeito no subconsciente do ouvinte. Aqui a música atinge a perfeição. Segundo o autor Derek Haylock, a abertura da 5ª de Beethoven ocorre exactamente no ponto de ouro da peça 0,618034.
Assim a proporção geométrica de Notre Dame corresponde à música no seu ponto 0.618